Publicado em: 06/09/2021 08:27:37
Não há futuro possível sem os povos indígenas
O Dia da Amazônia é celebrado em 05 de setembro. A data é uma oportunidade de conhecer mais sobre este bioma e conscientizar as pessoas sobre sua importância para o mundo, sobretudo a importância da preservação desta grande unidade, contudo, há pouca coisa para se comemorar, com o desmatamento avançando a cada dia, locais em processo de desertificação e biodiversidade se extinguindo. A região amazônica passa por momentos extremamente delicados.
Todavia, ainda existe resistência dos povos originários, pesquisadores e ambientalistas, que unem forças para repelir essa crescente tragédia. Os pesquisadores alertam sobre os avanços no desmatamento do bioma amazônico. Atualmente, o território florestal na região já conta com menos de 24% do que tinha em 1985, quando começaram as medições.
Diversos estados que integram a região norte do país já estão em alerta por conta das atividades de destruição da floresta, como Rondônia, Acre, Manaus e Roraima, que são os mais afetados pela grilagem e pela extração ilegal de madeira.
De acordo com o levantamento da Rede Simex, mais da metade dos 4,64 mil km² de madeira explorados na Amazônia entre julho de 2020 e julho de 2021 ocorreu no Mato Grosso (50,8%), com 2,36 mil km² de madeira explorada. A segunda maior área explorada foi no Amazonas (15,3%), e a terceira, em Rondônia (15%).
Além disso, tal realidade avança para outros estados. Em um estudo publicado por pesquisadores da UFMA expôs que o período mais crítico de desmatamento no Maranhão ocorreu em 2002, e 25 municípios possuem 70% do desmatamento da Amazônia legal no território. O destaque vai para Barra do Corda e Grajaú.
Em números, os dados mais recentes do MapBiomas indicam que o estado do Maranhão tem 11,6 milhões de hectares de floresta. Desse território, 85% ainda com vegetação nativa, está em áreas indígenas e Unidades de Conservação de proteção integral.
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Fonte: G1