Data da Publicação: 19/08/2020
Em 19 de junho de 2019, na UNIR, campus de Ji-Paraná, membros do grupo de pesquisa, DITERRA - Direito, Território e Amazônia participaram de uma roda de conversa com discentes do curso Intercultural.
Na oportunidade, discutiu-se a relação das barragens na hidrografia da região e como elas têm afetado os povos indígenas e sua relação com o rio e com o meio ambiente. Os relatos enfatizaram a carência de postos de saúde, escolas, acesso à energia, melhorias nas estradas nas comunidades afetadas. Pela perspectiva dos impactados, estudantes do Intercultural, há pressões na região, as quais derivam de um conjunto de impactos do agronegócio (com os agrotóxicos e a expansão da fronteira agrícola) e dos barramentos.
Os relatos trouxeram à tona um importante fator decorrente da interferência das barragens: a mudança nos hábitos. O desequilíbrio criado com a mudança no ciclo das águas e dos peixes, interfere nos laços comunitários, no sentido de ser. As mudanças têm interferido na segurança alimentar e na qualidade da água consumida, logo, têm interferido na saúde dessas populações, bem como no lazer das crianças e no contato de todos com o rio. Portanto, as interferências ocorrem na até mesmo na socialização dos sujeitos das comunidades.
Em um cenário de cortes à pesquisa e de dificuldades para realizar viagens a campo, por conta da falta de recursos, o diálogo foi de grande importância, pois possibilitou uma troca de conhecimentos e possibilitou aos discentes um maior entendimento sobre as alterações que têm ocorrido em território indígena, mostrando aas desigualdades e assimetrias.
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